quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ómmm pra mim!


A tentativa de uma viagem ao interior
Não sei bem nem o que escrever. Desde há algum tempo, quatro, cinco anos, que a vontade de meditar têm vindo a crescer. Já frequentei cursos, já li livros, artigos, blogs, estudos, notícias, casos,… De vez em quando tento, mas com muito pouco resultado. Faço tudo como mandam mas de facto o torpor apodera-se muito rapidamente do meu espírito e é tudo o que é preciso para entrar em sono profundo.

Sempre pensei que tinha que levar a meditação mais a sério e até hoje havia um ponto que eu não cumpria. O do espaço próprio, dedicado à meditação, isolado quanto possível, com o tempo contado por alarme. Conselhos unânimes em todos os livros e cursos, dados aos praticantes iniciados, para que se construa uma rotina. Pelos vistos, é mais do que um ponto que eu não cumpria.

Durante todo este tempo sempre tive também vontade de participar num daqueles retiros espirituais onde não se fala, não se mexe, não nada. Come-se (pouco), dorme-se (pouco) e medita-se (muito mesmo). Aliás, só se medita. As interrupções são para as actividades de vida diária e nada mais. Vai haver um em Fevereiro e pensei, se queres participar tens que te aplicar primeiro. Tens que conseguir passar pelo menos uma hora por dia a meditar. Para que depois consigas ficar dez dias completos. Medo.

Hoje arranjei então o espaço e o alarme. Para que nada me distraísse, fechei a sala, regulei a temperatura ambiente, certifiquei-me que naquele tempo não seria incomodada. De manhã, e o tempo de 10 minutos, para começar, tal como recomendam. Sentei-me na posição correta sem grandes dificuldades e decidi que o objeto da meditação seria a respiração. 

Começo a concentração também sem grandes dificuldades e penso, assim sim, de facto seguindo o livro isto funciona. Ao fim de muito pouco tempo, fui totalmente e novamente invadida por um sono que não aguento. Olho ligeiramente para cima, a fim de despertar o raio do espírito, tal como também recomendam. Nada. Respira, respira, respira. Olho para baixo, para os lados, olho para cima, nada. Não é fácil manter-me acordada. Penso, se calhar é por contar a respiração, como quem conta carneiros, decido mudar o objeto e foco-me num grande vaso verde que tenho à frente. Ao fim de ainda menos tempo, sinto o sono por todo o corpo e imediatamente penso, volta à respiração! Nada. Volto à respiração e já quase que durmo outra vez. O alarme toca. Já? Dez minutos e só me consegui concentrar em manter-me acordada….

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