quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Podia ser uma nefelibata magrebina!...

Está quase. 20 dias. Mais 20 dias, diminuo a probabilidade de ter um ataque cardíaco e aumento a esperança de vir a ter uma vida. E 11 dias depois começará a aventura magrebina, de outros tantos 20 dias e 5000 quilómetros a cuspir cuscus do aparelho dos dentes.

O bigode de Zeus

Estou literalmente em contagem decrescente, em modo campeonato, mas ainda assim consigo fazer umas breves pesquisas. Eu que já estava com ideias de ficar por lá exilada, descobri que nem nisto consigo ser original. Não é que Manuel Teixeira Gomes, 7º presidente da primeira república portuguesa, num puro devaneio literário e fartinho da política caseira, auto-exilou-se em Argel? Embarcou num paquete chamado Zeus, direito a Oran, na outra margem. A história tem muitas semelhanças e também havemos de passar 9 horas embarcados no ferry. Não tenho é bigode (pelo menos grande parte do ano), o veículo não se chama Zeus e tenciono regressar a casa.

Nefelibata magrebina

Descobri então que sou uma nefelibata. Nefelibata vem do grego "nephele" (nuvem) e "batha", (em que se pode andar). Aquela que "anda nas nuvens". Em literatura, diz-se do escritor que não obedece a regras literárias. É suposto tratar-se de uma pessoa idealista, que vive fugindo da realidade e que utiliza adjectivos menos simpáticos para qualificar aqueles que discordam dela. Também costumam achar que as suas ideias são extremamente progressistas. LOL. Ou seja, têm a mania que têm razão e só dizem disparate! Descrição perfeita.

A citação de Teixeira Gomes que me relembra o quanto as minhas páginas (minhas e dos outros) me fazem falta, e à conta da qual a wikipédia o refere como um escritor nefelibata: 

"A política longe de me oferecer encantos ou compensações converteu-se para mim, talvez por exagerada sensibilidade minha, num sacrifício inglório. Dia a dia, vejo desfolhar, de uma imaginária jarra de cristal, as minhas ilusões políticas. Sinto uma necessidade, porventura fisiológica, de voltar às minhas preferências, às minhas cadeiras e aos meus livros."

Isto para dizer que o senhor viveu e morreu em Bougie, onde parece ter direito a monumento, a uma praça e uma escola em Argel.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Bachata berbere

Diz-se por aí que a possibilidade de ir de férias entre camelos é grande. Não estando ainda totalmente definido o itinerário de passagem e paragem, só posso adiantar que já ando a treinar os passinhos de dança. Sim, já sei. No norte de áfrica não há camelos. São dromedários. Os camelos (se tudo correr bem) ficam cá todos.

Agora por favor sigam as instruções, com boa disposição:

1- Levantem-se, com os dois pés no chão, e ponham o som bem alto
2 - Cliquem no link em baixo e tentem mesmo fazer o mesmo

Link - Oh pra mim a dar à anca, ao lenço, às saias, às camisas,...