quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Aisha no País dos Exilados

O Campeonato acabou. Dizem que foi um sucesso. Terá sido. O que me importa agora são os 50 dias úteis de férias por gozar. Lisboa - Almeria - Ghazouet - Tunis - Ghazouet - Lisboa, 5000 kms +/-. 25 dias. A moto (quase) pifou,  faltou o tempo para o visto, o amigo argelinou não enviou a carta como devia, a reserva do ferry não funcionou. E ainda nem partimos.

São dias que prometem, pelo menos mais do que outros. Porquê atravessar a Argélia? Porque nunca gostei de destinos fáceis. Porque mais que três dias estendida ao sol num qualquer paraíso viro frango no churrasco. Porque acho piada. Porque é possível. Porque tenho lá um amigo. Porque sempre gostei de construções na areia e música árabe. Porque têm uns chás porreiros. Porque é muiiiiito mais barato atravessar o Mediterrâneo por Almeria do que por Civitavecchia e Palermo.

A minha versão será a da pendura. A qual acredito que em muitos dias será a da pendurada! Se não resisto a 5 minutos de sofá, quero ver como é que me vou aguentar acordada sem me atirar para a estrada... A partir da próxima segunda-feira, as actualizações vão depender do cybercafé mais próximo. Até lá, só dependem mesmo do estado de preguiça mental que insiste em não ir embora.

Os exilados vêm a propósito de Niemeyer - entre outros que ficam para mais tarde, o arquitecto brasileiro, exilado em Paris à custa do seu comunismo desenhou a Universidade Mentouri de Constantine e a Mesquita de Argel. Agora só me falta saber se me deixam entrar.




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